Os pesquisadores recolheram informações num universo de 21 025 mulheres, com idades entre os 20 e 40 e que passaram por tratamento de fertilidade nos hospitais da Austrália Ocidental entre 1983 e 2002.
Atualmente, os rapazes com média de 8 a 10 anos fazem, por dia, apenas 24 minutos de exercício físico. Os números, que estão muito aquém do tempo de exercício físico diário recomendado, foram descritos pelos especialistas como inacreditáveis.
Esta nova geração sedentária, que prefere jogar ao computador do que futebol, está a causar preocupação ao nível do que será a sua saúde no futuro.
Os pesquisadores da Universidade de Newcastle escolheram 508 crianças entre os oito e dez anos. E mediram o seu grau de atividade, ou seja, avaliaram o período de tempo que estavam ativos ou inativos no período de vigília. No total, apenas quatro por cento do seu tempo foi fisicamente gasto, o equivalente a cerca de 20 minutos.
Os pesquisadores lembram que as crianças devem adquirir o hábito de exercer a partir de uma idade jovem. É o caso do responsável por este estudo, Mark Pearce, que refere a importância de soluções para encorajar os jovens a ver os atletas como modelos, como oferecer um leque de desportos nas escolas, como a dança, natação entre outras.
O estudo, publicado na revista PloS ONE, também referiu que os filhos de pais mais velhos tendem a ser menos ativos, o que pode estar relacionado com o facto destes terem cargos mais exigentes no trabalho e, assim, não possuírem tanto tempo para brincar com os seus filhos.
Os investigadores alertam também para o consumo crescentes de junk food, o que significa que as crianças de hoje em dia correm o elevado risco de serem a primeira geração a morrer mais cedo que os seus próprios pais.
Os adultos também devem ser ativos, pelo menos, 30 minutos, cinco dias por semana.