Afinal, aprendemos desde cedo a ser bem-comportados e a fazer tudo da melhor forma possível. Logo a partir dos 5 ou 6 anos, com a entrada no ensino elementar, o nível de exigência aumenta e a tolerância em relação ao erro diminui drasticamente. Ao longo da vida, o nível de exigência aumenta e, quando entramos no mercado de trabalho, pode ser fatal!
Mas não devemos criar ansiedade, stress, mau-humor e frustração só porque cometemos erros. Todos nós erramos. Afinal, como diz a velha máxima, errar é humano. Com serenidade, assuma as suas falhas e tente aprender com os seus erros. Nem tudo é mau quando se erra, errar tem também alguns benefícios:
Feedback! Desde que descobri este conceito posso dizer-vos que a minha vida mudou para muito melhor. Errar incentiva-nos a ouvir os outros, a aceitar o seu feedback! E o que é que me diz esse feedback? Que a estratégia que eu utilizei não funciona. Só e apenas isso! E obviamente não vou desistir de fazer algo! Vou é utilizar outra estratégia. Se procuro emprego, envio 100 CV’s e não tenho resposta, mudo de estratégia. Passo a ir às agências de recrutamento, diretamente às empresas, melhoro o meu CV, etc…
Começar de novo. Cada vez que recebe feedback tem a oportunidade de começar de novo e de fazer melhor. Se já sabe o que não resulta, não insista no “erro”. Isso sim é um problema. Já dizia Einstein que “insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Explore todas as possibilidades! Thomas Edisson, até criar a lâmpada, fez milhares de tentativas, todas elas diferentes. Ele não “errou”. Encontrou diferentes formas pelas quais a lâmpada não funciona. Mas, a começar sempre de novo, um dia descobriu como a forma certa para fazer a lâmpada funcionar.
Aprender algo novo. “Errar” obriga-nos muitas vezes a sair da nossa zona de conforto. Mas veja pelo lado positivo. Ao aprender algo novo expande os seus horizontes e provavelmente até vai conhecer pessoas novas. Eu não sou uma pessoa “dada aos números”, mas fazer um workshop de gestão financeira ajudo-me muito a melhorar as minhas poupanças…
Crescer. O “erro” ajuda-nos a crescer a todos os níveis. É tão importante assumir os “erros” como assumir que todos nós, todinhos, cometemos “erros”. Não há pessoas perfeitas, nem situações perfeitas, isentas de erro. Já todos os cometemos e é muito bom que o continuemos a fazer. E se alguém lhe atirar uma crítica negativa, devolva “Que atire a primeira pedra quem nunca errou…”
Vitória mais perto. Quanto mais feedback tiver, mais perto se encontra do sucesso. Quantos mais “erros” cometer, menos hipóteses tem de os voltar a repetir. E parece-me lógico que, quando se esgotam todas as possibilidades, a vitória se torna mais próxima. Com escreveu Fernando Pessoa, “Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”
Por isso, viva! Cometa “erros”! Utilize o feedback como seu maior amigo, reconheça a oportunidade sempre que começar de novo, aprenda algo novo, cresça com isso e, mais importante, lembre-se que depois de “errar” a vitória fica mais perto de si!