Hoje em dia, é bastante difícil distinguirmos a mera especulação da ciência. Afinal, com tanta informação, em quem devemos confiar? E tudo isto se aplica à questão dos químicos que, diariamente, consumimos – quer através da alimentação, quer de produtos para a pele, nomeadamente maquilhagem. É uma “lufada de ar fresco” saber que alguns dos químicos que se têm vindo a tornar grandes inimigos não são, afinal, assim tão perigosos.
O Business Insider reuniu uma lista de seis químicos que, de acordo com várias pesquisas realizadas ao longo do tempo, não representam um grande perigo para a saúde, ao contrário do que temos ouvido. Desde associações ao cancro, problemas reprodutivos ou mesmo autismo, estes ingredientes são, por norma, seguros, à exceção de casos em que já se tenha algum tipo de alergia, por exemplo. No fundo, tem tudo a ver com equilíbrio e nunca exagerar no consumo ou utilização de qualquer potencial perigo para a nossa saúde.
ASPARTAME
Este comum substituto do açúcar tem sido difamado por todo o mundo. Sobretudo, pelo facto de terem sido realizados alguns estudos em ratos que associavam o consumo deste químico a casos de cancro. A americana Food and Drug Administration (FDA), bem como a European Food Safety Authority (EFSA) garantem, ainda assim, que é seguro para consumo. A questão tem mais a ver com os produtos em que é encontrado – por exemplo, refrigerantes light, cujo consumo, a longo prazo, intensifica os nossos desejos por açúcar e pode levar à obesidade.
SACARINA
Tal como os estudos do aspartame, também um estudo associou a sacarina, outro adoçante, ao surgimento de cancro. Mais tarde, o mesmo estudo foi descreditado, quando se descobriu que os ratos analisados já tinham predisposição para desenvolver a doença. Vários estudo vieram a confirmar a ausência de ligação entre este químico e o cancro, e, em 2016, foi retirado da lista de ingredientes causadores de cancro do National Toxicology Program.
ALUMÍNIO
Foi nos anos 90 que surgiu a informação de que o alumínio presente nos desodorizantes anti-transpirantes causava cancro da mama. Entretanto, investigações do Scientific Committee on Consumer Safety e da American Cancer Society não encontraram uma clara ligação entre o químico e a doença. As evidências sugerem que o nosso corpo apenas absorve pequenas quantidades de alumínio – não suficientes para ser considerado perigoso.
PARABENOS
“Sem parabenos” – em quantos produtos já viu isto escrito? Pois saiba que este químico ajuda a prevenir que se formem bactérias perigosas na nossa maquilhagem, creme ou mesmo protetor solar. Estudos chegaram a associá-lo a cancro ou mesmo a uma desregulação do sistema hormonal de forma semelhante ao estrogénio. A questão é que esta hormona natural é bastante mais forte que os parabenos comuns. A FDA não encontrou evidências de que estes químicos causem dano à saúde humana.
GLUTAMATO DE SÓDIO
Tambem conhecido por MSG, começou a ser mais falado no final dos anos 60, após um investigador ter sofrido de palpidações e dormência após comer em restaurantes chineses. Chegou então à conclusão que tal se devia ao aditivo químico em questão, que também pode ser encontrado em carnes processadas e enlatados. Em 1990, a FDA declarou a substância segura para consumo e associou os sintomas descritos pelo investigador a pessoas que ingeriam elevadas quantidades do químico com o estômago vazio.
SULFATOS
Caso não tenha qualquer sensibilidade a este químico, este é seguro. Muitos procuram, por exemplo, champôs sem o ingrediente em questão, já que chegou a ser considerado cancerígeno – mas esta informação nunca chegou a ser suportada por estudos científicos. Ainda assim, caso haja algum tipo de sensibilidade à substância, ela pode causar sintomas como irritação da pele.