Em entrevista à revista New York Time Style Magazine, a estrela de ‘Magic Mike’ e ‘Step Up’ revelou as dificuldades que sentiu durante a infância e juventude, lutando com a dislexia e Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção. "Nunca me senti uma pessoa muito inteligente, por muitas razões."
Channing explica por que se sentia desajustado no sistema de ensino. "Não ter sucesso, desde cedo, naquela área específica mexe connosco. És amontoado numa sala com miúdos com Síndrome de Down e autismo, olhas à tua volta e pensas: ‘Ok, então este é o patamar em que estou’. Ou então põe-te numa turma regular e percebes: ‘Bem, obviamente também não sou como estes miúdos.’ Por isso, é como se não pertencesses a lado nenhum. És diferente."
Para Channing "o sistema de ensino está fraturado" e é preciso captar investimento que financie programas de educação adequados para crianças e adolescentes com os mesmos problemas. A arte foi a sua forma de ultrapassar as dificuldades de aprendizagem. "Sentia-me fascinado por pessoas que percebessem de cinema, arte e até moda. Aprendia tudo o que podia a ouvir pessoas que soubessem qualquer coisa que eu não sabia. A minha mãe dizia-me: ‘Sê uma esponja!’ Por isso, aprendi mais com pessoas do que aprendi na escola ou com livros."
A estratégia compensou. Hoje, Tatum é um dos atores mais bem pagos de Hollywood e trabalho não lhe falta: este ano já foi estrela do drama ‘Foxcatcher’ e da comédia ‘Agentes Universitários’ e fez vozes para dois filmes de animação. O tempo livre é passado com a filha de 16 meses, Everly, e com a mulher Jenna… mas também às voltas com o seu novo hobby, a escultura. "Nunca conseguiria esculpir mármore com os artistas da antiguidade" diz, para justificar a sua preferência pelo trabalho em barro. "Com a escultura nada é demasiado místico ou nebuloso. Tudo se resume àquele objeto e, se tentares reproduzir a realidade e o fizeres bem, o resultado final é a verdade."