“Sinto muito que vocês tenham de crescer num mundo onde isto [o racismo] ainda está presente”, disse uma Meghan emocionada aos alunos finalistas do liceu que frequentou, o Immaculate Heart High School, em Los Angeles.
Numa aparição pública inesperada, a duquesa fez um discurso virtual nesta quarta-feira, 3 de junho, e falou sobre a tensão social que se vive nos Estados Unidos.
“O que está a acontecer no nosso país, no nosso estado e na nossa cidade de Los Angeles tem sido absolutamente devastador. Não sabia bem o que dizer-vos”, confessou. “Queria dizer a coisa certa e estava muito nervosa com a possibilidade de ser mal interpretada. E percebi que a única coisa errada seria não dizer nada, porque as vidas de George Floyd, Breonna Taylor, Philando Castile e de Tamir Rice [negros inocentes que morreram às mãos da polícia] importavam, assim como as vidas de todos aqueles, cujos nomes sabemos e não sabemos”.
Não é a primeira vez que Meghan fala de racismo. Num vídeo de 2012, que ressurgiu e se tornou viral online, a então atriz relatou a experiência pessoal e como encontrou força para se posicionar. Aliás, no fim da campanha, afirma que espera que este problema já não exista quando for mãe. Por isso, sem surpresas, amigos próximos revelaram à revista “People” que a duquesa está magoada com o facto de os jovens estarem a crescer num mundo marcado pelas injustiças.
“Vocês vão usar as vossas vozes com mais força do que alguma vez foram capazes, porque a maioria de vós tem 18 anos – ou vão completá-los em breve -, então poderão votar. Terão empatia por aqueles que não vêem o mundo através da mesma lente do que vocês”, disse.
Durante a intervenção, a mulher do príncipe Harry relembra ainda o segundo ano liceu, quando, aos 15 anos, fez voluntariado e recebeu uma lição importante de uma professora: “Lembra-te sempre de colocar as necessidades dos outros acima dos teus medos”, lembrou. “Isso ficou comigo para o resto da minha vida e, na semana passada, pensei muito neste ensinamento, mais do que alguma vez antes”.