Muitas vezes passamos por momentos de dúvida e reflexão sobre a nossa vida profissional. Em geral, estes questionamentos ocorrem devido a desconforto com a situação atual. A verdade é que passamos mais de 60% do nosso dia envolvidos com o trabalho, logo esse tempo precisa ser de qualidade, pois caso contrário impactará a nossa vida significativamente. Recentemente, com a intensificação do teletrabalho, as barreiras trabalho-vida pessoal tornaram-se ainda mais frágeis e estreitas, tornando o desafio ainda maior e obrigando-nos a pensar no que realmente queremos e no que de facto nos traz felicidade.
É bem verdade que cada vez mais pessoas estão em busca de uma vida profissional com um significado, propósito e satisfação por perceberem que o trabalho é responsável por grande parte da vida delas.
Mas por que resistimos a mudança e não avançamos na direção de algo melhor para nós? Por que tememos deixar trabalhos que não nos trazem satisfação e felicidade? Os motivos são diversos, mas os principais são o pouco conhecimento que temos a cerca de nós próprios, as crenças limitantes que alimentamos e a constante “necessidade” que temos de querer corresponder às expectativas alheias, colocando parte das nossas decisões à mercê dos outros ou comparando-nos com referências externas. Cada vez que fazemos isso, damos passos atrás no que realmente faz sentido para nós, acomodamos-mos ainda mais com o que incomoda e viramos os nossos próprios algozes. Preferimos ficar “confortáveis com o desconforto conhecido” do trabalho/rotina infeliz a arriscar novas possibilidades. Temos medo de perder o controle, mas esquecemos que não conseguimos controlar muita coisa.
O importante neste processo é perceber e observar os sinais e questionar o porquê do desconforto, o que gostaríamos de ter e o que está em causa para nós. Não é fácil sair da zona de conforto, mas não podemos contentar-nos com a infelicidade ou o incómodo. Não precisa necessariamente de realizar uma mudança radical de carreira ou demitir-se, mas precisa de estar consciente das estratégias mentais que utiliza para se manter em situações que a paralisam e prejudicam a sua carreira e bem-estar. Só assim conseguirá avançar.
Comece com pequenos passos, reenquadre a situação, tente mudar a forma como vê as coisas e desenhe um plano para a mudança que gostaria de fazer contemplando os seus objetivos, e então separe-os por fases. É a única pessoa responsável pela carreira, se não buscar alternativas, ninguém o fará. A vida é muito curta para ficarmos infelizes no trabalho, sempre há alternativas.
Conheça os 10 pontos mais comuns que podem estar te paralisando e prejudicando a sua carreira:
- Resistência à mudança – As mudanças fazem parte da nossa natureza, resistir a elas é estar adiando o inevitável ou prolongando o desconforto e a infelicidade. Não espere adoecer ou entrar numa crise para tomar atitude. Comece em pequeno, desenhe as etapas da mudança e planeie-se. Pode começar reenquadrando a sua situação atual, trocando de área, mudando a atitude, impondo novos limites ou redirecionando a sua carreira.
- Crenças limitantes – “É tarde demais!”, “Não sou capaz!”, “Não consigo!” Cuidado com as crenças que alimenta, elas crescem! Crenças limitantes paralisam e fazem estagnar, nunca é tarde para mudar de direção. Questione-se: Qual o ganho em manter estas crenças? O que vou perder ao mantê-las? O que de pior pode acontecer? O que está em causa?
- Falta de clareza do que se quer – Antes de iniciar a mudança é preciso ter clareza do que quer para si, ou as chances de cair em situações semelhantes à que não quer serão grandes, pois insistimos em repetir o padrão. O que a faz mover? O que quer ter no lugar desse incomodo? O que não quer mais ter? O que é inegociável para si?
- Apego a situação atual – É comum termos medo de recomeçar e sair da zona de conforto, mas quanto mais estivermos apegados ao cargo, status ou situação, mais hesitaremos na mudança. Lembre-se que a “estação atual” não é a “paragem final”, ESTÁ neste cargo, nesta função, NÃO É o seu cargo ou função, nem se limita a isso. Investir no seu autoconhecimento trará uma gama de possibilidades e ampliará a sua visão sobre si mesmo.
- Medo do julgamento externo – Cuidado com o lugar onde coloca o seu referencial. Tentar corresponder às expectativas alheias é o caminho mais curto para infelicidade. As pessoas mudam, as expectativas mudam, as situações mudam, nem tudo que é bom para o outro serve para mim, cada um tem o seu repertório! Olhe para dentro de si, o que faz sentido para si? O que lhe traz felicidade? Se não olhar por si, quem o fará?
- Não enxerga outras alternativas – O mundo está cheio de oportunidades e existem outras alternativas, a situação que vive é apenas um dos cenários possíveis. Quais outras opções estão disponíveis? Em quais outras empresas ou negócios trabalharia? O que sabe fazer bem? Quais os outros trabalhos que poderia fazer/desenvolver? O que o mercado precisa e está disposto a oferecer? Quem a pode auxiliar neste processo? Lembre-se de usar a sua rede de contactos.
- Não sabe por onde começar – “É pra frente que se anda”! Se não sabe por onde começar, busque orientação, fale com profissionais ou pessoas experientes. Observe-se mais, invista nos seus dons e talentos, analise as possibilidades, estude os cenários viáveis e o que pode fazer para dar o primeiro passo, verifique quais competências e habilidades precisa desenvolver, e então estruture o seu plano e comece!
- Questões financeiras – Esta é uma das grandes preocupações de quem está em busca de uma mudança de carreira ou teme deixar trabalhos maus, mas que garantem um bom ordenado ao fim do mês. É claro que todos nós precisamos de pagar as contas, mas cuidado para não ganhar um alto salário às custas da sua infelicidade. Uma hora a conta não fecha e pode ficar “caro demais”. O ideal seria manter a organização financeiro em dias e programar-se para as mudanças que quer fazer, assim não fica preso à situações e empresas por questões financeiras.
- Pouco autoconhecimento –Ter pouca conhecimento sobre si é como entrar num “beco” escuro e não ver a saída, desconhecemos os nossos talentos, a insegurança aumenta, ficamos preso no mundo das crenças limitantes e não enxergamos alternativas. Estagnamos por acreditar que não existem opções e que as mudanças não são possíveis, então duvidamos do nosso potencial, aceitamos o que não nos serve e nos contentamos com a infelicidade. Ter autoconhecimento é libertador. O investimento em autoconhecimento traz informações preciosas sobre si, além de lhe dar mais segurança e clareza sobre o que faz sentido para si.
- Falta de um plano estruturado – Plano de carreira é individual e cabe ao profissional ter o seu, não é responsabilidade das empresas, contudo poucos são os profissionais que fazem este planeamento de forma estruturada. Ter um plano de desenvolvimento de carreira possibilita perceber com clareza os próximos passos, saber quais são as competências necessárias a serem desenvolvidas em cada etapa, além de trazer mais segurança e visão. Esta é uma das ferramentas indispensáveis para estruturar o crescimento profissional, pois proporciona assertividade e protagonismo na condução das suas mudanças profissionais.
E agora que sabe disso, o que pretende fazer?
Graziele Neves, ex CEO da Sephora Portugal, deixou a sua área profissional no setor do retail, em plena pandemia, para lançar uma consultoria focada em carreira e propósito. Assim nasceu The Lighthouse, consultoria focada na orientação de carreira e propósito, que pretende inspirar e ajudar as pessoas a viverem mais felizes e realizadas com a sua atividade profissional.
Associate Certified Coach (ACC), pela International Coach Federation – ICF, com formação em PNL e certificações nas ferramentas MBTI I, II e Firo-B, a fundadora da The Lighthouse desafia a alinhar o talento à verdade de cada um, a desenvolver o autoconhecimento e conquistar a realização pessoal e profissional, através de um conjunto de serviços online tailor made e com horários flexíveis, pensados para indivíduos e empresas. As propostas passam pelo Professional Coaching, um processo transformador desenhado para todos aqueles que desejem sair da sua zona de conforto e alcançar resultados com mais autonomia e confiança, o Executive Mentoring, indicado para que procura ampliar a sua visão, aumentar a sua performance, e desenvolver liderança e capacidade de gestão, a Formação em Liderança Inspiradora, um dos soft skills mais procurados pelas empresas nos dias de hoje, que impacta diretamente os seus resultados e a vida de todos os que fazem parte dessa mesma organização, o “The” Workshop, uma experiência imersiva com várias atividades práticas, aplicação de assessments, técnicas de Coaching e Pnl, para quem busca uma resposta para a pergunta “qual o seu verdadeiro propósito de vida?”, o Planeamento de Carreira, que, como o próprio nome indica, pretende orientar e identificar o foco da carreira profissional de cada um, o Teste MBTI, o instrumento mais utilizado em todo o mundo para descobrir o tipo psicológico das pessoas, muito útil para o desenvolvimento organizacional e para o autoconhecimento dos indivíduos, permitindo uma análise mais profunda da personalidade para o desenvolvimento de competências, potencialização das forças e desenho de carreira, e por fim o Teste Firo B, que avalia as relações interpessoais e ajuda as pessoas a compreenderem o seu comportamento e o comportamento dos outros.