Chegou o verão e, com ele, as habituais dúvidas, receios e crenças negativas sobre a autoestima.
O termo “confiança corporal” pode significar coisas diferentes para cada uma de nós. Para algumas, pode ser uma sensação física de amor e bem-estar, enquanto para outras pode estar mais relacionado com o bem-estar mental e com conseguir uma forte união entre mente, corpo e alma. O segredo para nos sentirmos a melhor versão de nós é conseguirmos um equilíbrio entre todos esses elementos, tendo como núcleo a autenticidade. Porque ser autêntico é ser imperfeito e vulnerável, e sê-lo sem medo!
A verdadeira confiança corporal tem a ver com sermos nós próprios, vivermos a nossa vida de acordo com os nossos valores e assumirmos a nossa felicidade. É a sensação de aceitarmos quem somos e não deixarmos que o nosso peso, tamanho, forma, idade ou qualquer outra coisa nos defina. Como dizia Simone Beauvoir: “Que nada nos defina”. Nada… nenhum pensamento alheio, nenhum padrão da sociedade, nenhuma ideia pré-concebida. Se é difícil? Para algumas raparigas, é quase impossível. Uma sugestão: imprima a frase, escreva num papel e coloque-o num sítio bem visível, para que não se esqueça de gostar mais de si, da sua história e das suas características todos os dias. Com certeza isso irá marcar a diferença neste verão (e nas próximas estações).
Não é uma surpresa que a imagem corporal, a autoestima e a felicidade geral estejam intimamente relacionadas. Vivemos num mundo que nos apresenta constantemente a ideia de que temos de ser melhores. As redes sociais, a Internet, a publicidade… Para onde quer que nos viremos, dizem-nos que temos de ser mais felizes, mais brilhantes e mais bonito, muitas vezes, sob padrões que não são os nossos e que não fazem sentido para a nossa realidade, levando-nos a pensar que nunca somos bons o suficiente. Quando começamos a esquecer essa mentalidade e a estabelecer um contacto real com o nosso corpo e bem-estar mental é quando podemos sentir-nos mais confiantes.
Aqui ficam algumas dicas básicas para ajudar neste processo de reforço de autoestima:
Limite o uso das redes sociais
Tornaram-se uma parte importante das nossas vidas, mas vários estudos sugerem que as redes sociais podem desencadear sentimentos de baixa autoestima. Comparações absurdas com realidades que nem sabemos se realmente são verídicas apenas irão contribuir para uma maior frustração. A vida real não é no online; e devemos ganhar cada vez mais consciência disso, especialmente agora que a vida nos levou ironicamente para o uso cada vez mais generalizado das plataformas digitais. Saiba quais os limites do uso benéfico e maléfico das redes sociais, porque isso pode ser fundamental para o sucesso e reforço da autoestima.
Escreva um diário
Escrever reforça a saúde mental, e ativa o cérebro. Pegar numa caneta e pôr tudo cá para fora ajuda a estimular o pensamento criativo, e acima de tudo, a perceber quais são os nossos pensamentos e a qualidade dos mesmos. Ver escrito no papel aquilo que realmente achamos de nós mesmos, ajuda-nos a perceber realmente qual é a verdadeira opinião que temos sobre nós, e até onde isso pode ser ou não verdadeiro ou imaginário.
Use linguagem positiva
As palavras são a estrutura da nossa vida e quando se trata de nos sentirmos bem e felizes com o nosso corpo, podem fazer realmente a diferença em como nos sentimos connosco. Tente ser gentil consigo mesma, e use as palavras positivas para reforçar as suas opiniões pessoais no caminho da maior auto estima.
Tenha sempre presente que a beleza do outro não anula a sua
Termine com as comparações e competições. Simples assim. É impossível comparar seres únicos e de identidade própria. Cada pessoa é um universo cheio de particularidades, defeitos e qualidades, e tudo junto forma a identidade única de cada um de nós. Conhece duas pessoas iguais? Então, esqueça as comparações!
Se decidir ou identificar que necessita de ajuda, seja por motivos psicológicos, de saúde, nutrição ou bem-estar, faça-o, mas não adie! Um dos passos para a autoestima é apostar em si e priorizar-se! Este verão mergulhe na autoconfiança, mas, acima de tudo, dê um salto de cabeça na gentileza de aceitar ser quem é, como é, sem se avaliar pelos parâmetros dos outros; tendo a certeza de que alguém bonito é alguém mental e fisicamente feliz e confiante.