A rentrée é feita de muitas coisas: reorganização, limpeza, rotinas, novos hábitos, e também novas perspetivas de carreira. Durante o último verão, um dos livros que mais me marcou nesse campo foi o clássico “Arte da Guerra de Sun Tzu para Mulheres” — um livro que recomendo a todas as mulheres que tenham sonhos e metas profissionais ambiciosos.
A gestão de carreira atual não pode ignorar os desafios e os temas da diversidade e igualdade de género, e por isso, as mulheres devem apoiar-se nas melhores estratégias para esta batalha. Tal como refere o livro, de um ângulo muito interessante, não precisamos de derrotar os homens, mas competir nos nossos próprios termos.
A maioria de nós passa uma boa parte do tempo a questionar-se como pode fazer para ser promovida, ter um aumento, ser reconhecida entre os seus pares, evitar perder o seu cargo para outro/a, etc. Um dos maiores obstáculos para a conquista destas metas é o reconhecimento do potencial e capacidade de cada mulher.
A solução para este problema passa muitas vezes por “estudar o terreno”, tendo em conta portas fechadas, a concorrência e, eventuais telhados de vidro. Ou seja, avaliando previamente quais são os nossos pontos fortes e fracos, para garantir que os primeiros serão úteis para alcançar o que pretende e os segundos não a
irão atrapalhar neste processo.
Neste ponto, convém relembrar a necessidade de consolidar os pontos fortes, incluindo as competências reconhecidas e as realizações validadas. O raio de ação dos pontos fortes aumenta com base na experiência, ou seja, mais reconhecimento e realizações.
No que toca aos pontos a melhorar, devemos encará-los sobre duas perspetivas: aspetos a desenvolver com base nos seus próximos passos de carreira; e o nível de dificuldade ou esforço necessários para realizar essa melhoria.
Somos o chão que pisamos e não a nossa cabeça sonhadora. Para nos tornamos no que almejamos, temos de ter um plano, um guia, um eixo de prioridades.
Por fim, no campo de batalha que é a guerra pelo “crescimento de carreira” num mundo repleto de injustiças e poderes que contrabalançam o ideal, a última estratégia de guerra deve focar-se em acrescentar VALOR.
Acrescentar valor é uma moeda de troca direta para obter reconhecimento. Faça aquilo que lhe é pedido, atempadamente e bem feito, se possível acrescentado novas ideias e soluções. Assuma um papel proativo, e esqueça as perceções e opiniões alheias.
O valor pode ser medido e é real; as perceções são subjetivas.
E desse lado, como andam as suas estratégias de “guerra” para a rentrée?
Espero que esteja pronta para vencer.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a ACTIVA nem espelham o seu posicionamento editorial.