Cafés, restaurantes, ginásios, parques de diversões… aos poucos, todos os espaços que associávamos ao lazer estão a ser encerrados (ou a limitar muito a sua capacidade de lotação) no âmbito do plano de contingência para combater o surto do novo coronavírus.
Numa altura em que as pessoas têm muito tempo livre e poucas opções de entretenimento, parece que a indústria da pornografia é dos poucos negócios que continua a crescer. O site Pornhub revelou não só que os seus números dispararam, como também que os utilizadores têm pesquisado ativamente pela palavra “coronavírus”.
A tendência teve início no passado dia 25 de janeiro e continuou a aumentar. Nos últimos 30 dias, houve um total de 6.8 milhões de buscas que continham as palavras-chave “corona” ou “covid”. O pico aconteceu no dia 5 de março, com 1.5 milhões.
É difícil perceber exatamente o que os internautas esperam encontrar, mas esse tipo de filmes pornográficos existe (sim, a sério). A revista “Forbes” especula que haja uma correlação direta com as muitas incógnitas sobre a doença e que a atitude se baseia na crença de que qualquer fonte de informação serve.
Um dos dados mais interessantes divulgados pelo Pornhub mostra como o tráfego mudou em Itália após o país ter fechado as fronteiras e todo o território ter entrado em quarentena. A partir do dia 9 de março, os acessos diários começaram a aumentar, em vez da curva oscilante que era habitual. Cinco dias depois, já tinham crescido na ordem dos 14%.
Isto pode dever-se, em grande parte, ao facto de o site ter disponibilizado subscrições premium aos utilizadores italianos Ainda não se sabe se a empresa vai estender o mesmo serviço gratuito a utilizadores em isolamento voluntário noutros países.