Em inglês, a expressão é flooding – que, se traduzirmos à letra, significa “inundação”, em português. De acordo com o terapeuta Assael Romanelli, este é um estado comum em muitas relações e que pode fazer com que estas cheguem ao fim.
Num texto para a Psychology Today, o especialista explicou que isto acontece quando não conseguimos controlar certas reações exageradas. Por exemplo, quando perdemos a cabeça, por algum motivo, e começamos a gritar com o nosso companheiro, com os nossos filhos, quando batemos as portas ou fazemos “ameaças”. Minutos depois, arrependemo-nos.
A longo prazo, este tipo de atitudes acabam por danificar o nosso bem-estar e, claro, as nossas relações. Mas como dar a volta? Afinal, estas são respostas impulsivas e que pensamos não conseguir controlar. Mas conseguimos. Romanelli deixa 3 passos essenciais:
1 – Prevenção
É difícil estarmos bem com o ambiente e pessoas que nos rodeiam se não estivermos bem connosco. Por isso mesmo, de modo a evitar um estado de flooding, é importante que nos alimentemos adequadamente, que pratiquemos exercício físico, que mantenhamos uma boa rotina de sono e que saibamos reconhecer alguns sintomas que podem levar a “ataques” desnecessários. Isto porque estes acontecem, muitas vezes, porque estamos simplesmente com fome, cansados ou stressados.
2 – Comunicação
Se aprendermos a reconhecer os sintomas iniciais de flooding, mais facilmente podemos evitar uma “crise”. Assim que notar a presença de certos indicadores, informe o seu parceiro e, ao longo do tempo, vão aprendendo, em equipa, a dar a volta à situação. Como para tudo, a comunicação honesta é essencial para evitar problemas futuros.
3 – Alternativas
Para evitar que os referidos sintomas avancem ou, se já estiver num estado de flooding, há certas atividades que pode fazer para “mudar o chip”. O autor sugere seis: fazer uma pausa (e afastar-se por 20 minutos), beber água, comer algo, mover-se, respirar profundamente e rir (mesmo que tenha de o forçar).