As amizades são, literalmente, um bálsamo para alma. Isto porque um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sugere que conviver com amigos duas vezes por semana faz maravilhas pela saúde.
“O número vem das nossas descobertas de que esta é a quantidade de tempo que normalmente passamos com os nossos amigos/familiares mais próximos”, explica o Dr. Roin Dunbar, autor do estudo e professor de psicologia evolutiva na Universidade de Oxford, ao The Huffington Post.
Segundo o perito, ter uma rede social grande e bem integrada tem um impacto significativo na saúde física e emocional tanto dos homens como das mulheres. “As pessoas com redes maiores e/ou mais integradas sofrem de menos doenças, recuperam mais rapidamente de cirurgias, são menos propensas a morrer — e até mesmo os seus filhos têm menos probabilidade de morrer”.
Para a pesquisa, encomendada pela marca de cerveja irlandesa Guiness, o investigador e o comentador social britânico Danny Wallace conduziram uma experiência social na qual pediram a cinco amigos, todos homens e fãs de futebol, que completassem duas tarefas. A primeira foi participar num jogo de futebol virtual remotamente e, em seguida, preencher um inquérito sobre como se sentiram relativamente à atividade. A segunda era formar uma equipa para jogar futebol no mundo real contra outro grupo de homens e, depois, preencher o mesmo inquérito.
Os resultados revelaram que o jogo no mundo real produziu uma “experiência de vínculo” muito mais forte do que o jogo virtual. Num estudo anterior, Dunbar descobriu um limite cognitivo de cerca de 150 amigos com os quais podemos manter relações sociais estáveis. Esse número até recebeu até o nome do professor universitário: o número de Dunbar.
O docente partilhou com o HuffPost Science que cerca de 75% dos membros das redes sociais femininas são mulheres, e cerca de 75% dos membros das redes sociais masculinas são homens. Mas os sexos diferem na forma como esta rede social é organizada. Os homens normalmente têm quatro ou cinco bons amigos com quem saem, enquanto as mulheres tendem a concentrar-se em cultivar uma relação com a melhor amiga.
Existem qualidades de amizade que podemos considerar íntimas, melhores, boas e apenas amigas, refere Dunbar, e refletem tanto a intimidade quanto a frequência do contacto (variando de várias vezes por semana a uma vez por ano).
“Neste contexto, estamos a falar de pessoas em que estamos dispostos a investir tempo para as vermos pessoalmente e por quem nos esforçaríamos; aquelas que são as primeiras a ajudar-nos quando as coisas se tornam difíceis”.