Não é uma decisão fácil, mas quando tomada deve ser comunicada e vivida com respeito para que seja mais fácil a partida para uma nova fase da vida. É que nem todos os relacionamentos têm de durar uma vida, mas ainda assim tratam-se de ligações que envolveram sentimentos fortes, onde houve confiança, expectativas e planos.
Monica Vermani, psicóloga clínica norte-americana especializada no tratamento de trauma, stress e ansiedade, diz que um término acarreta “uma montanha-russa emocional” também para quem toma a decisão, pois existe “a crença de que se consegue lidar com tudo em contraste com o medo do desconhecido e dos desafios que podem surgir”.
Para a especialista, é importante tomar esta decisão depois de se sentir que se fez de tudo para salvar a relação, de modo a que não surjam sentimentos de culpa e para não dar azo a um possível diálogo interno negativo, com dúvidas ou desejos de reatar. Além disso, ao acabar um relacionamento deve-se ter compaixão pelo outro, pois essa pessoa continua a nutrir sentimentos fortes e foi magoada. “Isso permite que consiga regular as suas emoções para seguir em frente de forma mais saudável e sem prolongar o fase dolorosa após a separação”.
Se sentir que é o melhor, o limite de contactos deverá ser estabelecido. Se isso for necessário, procure não voltar atrás de modo a recuperar um diálogo familiar e confortável quando se sentir mais vulnerável: isso será deitar por terra o trabalho que ambos estão a fazer para seguir em frente.
Para ajudar quem quer dar este passo, a especialista define aquilo a que chama de “três regras de ouro” para quem quer acabar com um relacionamento.
1 . Respeito. “Trate o seu ex-parceiro como gostaria de ser tratado. Isso pode ser um desafio durante a rutura”, reconhece Vermani.
2 . Postura. “Quando nos comportamos de forma correta com o outro, podemos seguir em frente sem arrependimentos ou dúvidas”.
3. Acreditar. “Faça com aquilo em que acredita seja maior do que o medo do que pode vir a acontecer”.