Fernanda Eugénia Reis
Activa
Há 40 anos que Fernanda Reis trabalha como voluntária com pessoas carenciadas – ciganos e não ciganos – na Diocese de Lisboa. Sem qualquer tipo de apoio, iniciou esta obra em 1972, tendo sido em 1985 constituída uma IPSS e contando hoje com subsídios estatais.
"O trabalho foi partindo das dificuldades detectadas nos primeiros contactos com a etnia cigana e hoje desenvolve-se em bairros nos concelhos de Lisboa, Amadora e Loures. Neste momento, temos sete centros a funcionar e prestamos apoio a todas as comunidades dessas zonas", salienta Fernanda. Apesar do motivo da sua existência ser a população cigana, esta obra acaba inevitavelmente por se relacionar igualmente com a população estrangeira que tende a aumentar nos bairros sociais. E em que medida é que estes centros actuam? "Apoiamos crianças em actividades em ATL e pré-primária, promovemos formação profissional para jovens e sua inserção no meio de trabalho e ajudamos os adultos em questões de apoio comunitário. Procuramos ser úteis ajudando-os e encaminhando-os para a inserção na comunidade geral."
Actualmente, esta obra, que pertence à Igreja, serve mais de duas mil pessoas. Formada em História, Fernanda deixou o seu percurso de docente para se dedicar ao voluntariado. "Não posso ficar alheia ao que se passa à minha volta. É com muito gosto que recebo essas pessoas, que estou com elas e que as vejo aumentarem as suas capacidades para se sentirem bem numa sociedade moderna como a nossa."
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