Maria Augusta Amaral
Activa
O seu currículo impressiona: é directora do Instituto Jacob Rodrigues Pereira (IJRP) há 15 anos; presentou a primeira tese de doutoramento sobre surdos em Portugal; coordenou o mestrado em Língua Gestual Portuguesa e Educação de Surdos da Universidade Católica; é uma das autoras do livro ‘Para uma Gramática de Língua Gestual Portuguesa’ e uma das mais importantes investigadoras científicas na área da surdez.
O maior contributo para a sociedade portuguesa de Maria Augusta Amaral, 61 anos, surgiu no dia em que decidiu ajudar os surdos a terem uma língua oficial, numa sociedade de ouvintes em que imperava a oralidade. "Olhava para os meus alunos e percebia que eles tinham a cabeça cheia, mas não sabiam falar e escrever. Eram crianças tristes, fartas das aulas em que nada aprendiam. Tudo isto mexeu muito comigo e decidi ajudá-los."
O início deste percurso remonta ao ano de 1963, quando Maria Augusta Amaral frequentou o curso de Professor Especializado em Educação e Reabilitação de Crianças e Jovens Surdos. Ficou no instituto como coordenadora. Desta forma, foi criando estruturas para o grande projecto que, contra tudo e todos, conseguiu lançar quando foi convidada a assumir, em 1992, a direcção daquela instituição da Casa Pia de Lisboa.
Hoje, o Instituto Jacob Rodrigues Pereira assume, nos seus programas e na sua prática pedagógica, a Língua Gestual Portuguesa (LGP) como primeira língua e como língua de educação das crianças surdas. Mas Maria Augusta Amaral revela que vai sair da direcção em breve. "Fico na retaguarda para dedicar-me cada vez mais à investigação."
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