Em relação a tendências sou do mais laissez faire laissez passer que há, se não gosto ignoro; mas uma vez sem exemplo apetece-me gritar “busca, busca, mata, mata, queimem tudo, kill them all, não façam prisioneiros“. Não só porque é feio esteticamente falando, não só porque vai contra os meus valores pessoais ( marcas são para usufruir da qualidade, não para ostentar a etiqueta como se tivéssemos a roupa do avesso) mas porque desvirtua totalmente a ideia de requinte, ao trazer uma visão de parvenu para a indústria de moda, destituída de classe e de bom senso. Se as roupas são pensadas para arrivistas de caricatura ou gangsters que fazem corar de vergonha os verdadeiros gangsters como D. Corleone, então venha roupa de marca branca, simples e honradinha. Quem é que se quer parecer com pessoas assim? Como se não bastasse, estamos em crise – e se vestir com um luxo e cuidado aparentes é uma forma positiva de contra atacar, exibir marcas caríssimas, por sua vez, é de um extremo mau gosto. Péssimo. O fim dos tempos. Andei eu a elogiar a makeover de Rihanna, mas está visto que a menina tratou de me desiludir e zás, apareceu com este jumpsuit (Donna Karan, como é impossível não perceber) acompanhado de botins Alexander Wang. Ou é das más companhias, ou prova-se (once again) que podemos tirar a rapariga das barracas, mas nunca podemos tirar as barracas da rapariga. Mesmo que a rapariga em questão seja bonita e a sua barraca fique lá para Barbados, no meio das palmeiras.
Autoria: Imperatriz Sissi