Chegámos ao Pride Month (mês do orgulho)! Acho que desta vez, dadas as circunstâncias mundiais, há mais cores a juntar a este mês que já se faz colorido. Infelizmente, e por razões obvias, o vermelho parece-me uma cor latente, e as cores de pele o pantone mais presente.
É triste que ainda tenhamos de falar de cores, como se estas fossem um real motivo diferenciador entre o ser humano. A mim soa-me a ridículo como é que a produção de melanina vai influenciar, hipoteticamente, o QI de alguém. Como é que isso vai ditar as possibilidades à vida humana. De crescer, aprender, não ter medo, ser livre.
Como é que isso serve de catalisador para uma “carga de porrada” só porque sim, ou para um joelho no pescoço, enquanto se ouve “Não consigo respirar”, e que mais tarde dita uma sentença de morte. Este jogo das cores não é divertido. Este é um jogo obsoleto, jogado pelos “sem cor”, que se divertem e riem a jogar sozinhos.
Este é o mês aperfilhado pela comunidade LGBTI+. O mês em que se tenta mostrar ao mundo que o amor é somente amor. Que não tem qualquer sexo atribuído. Este ano não há marchas. Não há arraias. Não há festas. Mas há marcas que não deixaram passar isso em branco. Marcas que, mesmo sabendo, que este seria um ano sem ajuntamentos ou comemorações lançaram coleções cápsula para que a mensagem não fosse perdida. Ou não ficasse esquecida.
Dia 13, também eu vos trago a minha nova colecção de roupa. “Sibling” (substantivo uniforme para definir irmão/irmã) vai ser um grito social de muitas causas. De todas aquelas que às quais não podemos ser indiferentes. E se formos, estamos somente a ser humanos inertes e cúmplices de um amanhã pior do que aquilo que foi o hoje.
Trago-vos uma coleção bem diferente da primeira, a Odete. Sibling terá todas as cores, porque é para todas as cores. Para toda a gente. Para todas as idades. Para todos os amores. E claro está… Para todos os géneros. Ou para a ausência do mesmo, não fosse eu um defensor da causa “No Gender”.
Temos encontro marcado dia 13. Até lá, fiquem com o making-of!
Making-of – Nadia Paiva | Maquilhagem – Rute Rosado | Cabelos – Jean Louis David | Agradecimentos: Late Birds Hotel