É oficial. Nesta quarta-feira, 11 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o novo coronavírus como uma pandemia.
De acordo com a entidade, o termo descreve a “propagação global de uma nova doença”, que é, de facto, o que tem vindo a acontecer. A decisão surgiu duas semanas depois de o vírus chegar a todos os continentes – o número de contágios já ultrapassou os 118 mil casos, sendo que 2.291 foram fatais, em 114 países.
A definição genérica ganha contornos específicos no caso de pandemias que são derivadas de gripes, como é o caso do Covid-19, sendo que o seu grau de seriedade é maior, porque, sublinha a OMS, “a maior parte das pessoas não tem imunidade” em relação a estes novos vírus.
Dito isto, são muitas as questões que se colocam sobre os ambientes mais propícios para a propagação do vírus. Num mundo cada vez mais globalizado, em que cada vez mais pessoas cruzam oceanos e continentes por diversos motivos, meios de transporte como os aviões são recorrentemente utilizados por adultos, crianças e jovens.
Com isto em mente, tentámos perceber que medidas preventivas estão a ser tomadas por três companhias aéreas no sentido de proteger clientes e funcionários.
Confira, abaixo.
A TAP disponibiliza todo um conjunto de recomendações para os seus passageiros, assim como algumas indicações sobre as medidas adotadas no interior das aeronaves, numa altura em que o número de diagnósticos por Covid-19 tende a aumentar.
Para prevenir contaminações, a companhia aérea portuguesa efetua limpezas rigorosas nos aviões e espaços de trabalho, “implementando procedimentos adicionais de limpeza e desinfeção específicos para o coronavírus”. Estas são realizadas com “produtos biocidas homologados”, conforme indicações da Direção Geral da Saúde (DGS).
Acresce às medidas extraordinárias de limpeza o facto de os sistemas de filtragem das aeronaves renovarem o ar da cabine frequentemnete, a cada 3 minutos. Os filtros HEPA são semelhantes aos existentes em blocos operatórios, extraindo 99,9% dos vírus. Em permanente contacto com unidades de saúde, as tripulações da companhia, receberam formação extraordinária para estarem aptos e atentos, de modo a atuarem durante e depois dos voos, cumprindo assim todos os requisitos de higiene e segurança.
As companhias IBERIA e Azul não disponibilizam qualquer informação sobre os planos de contingência ou medidas excecionais adotadas para controlar o vírus.
A crise económica provocada pelo Covid-19 levou a que algumas companhias, como é o caso da brasileira Azul, comunicassem somente o reembolso de viagens, a redução de salários e a existência de licenças sem vencimento para os trabalhadores. A TAP também já avançou que vai recorrer ao sistema de licenças sem vencimento para combater a crise provocada pela pandemia.