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O medo da infertilidade é um dos motivos pelos quais muitas pessoas têm receio de ser vacinadas contra a COVID-19, apesar da falta de trabalhos científicos que comprovem a relação entre uma coisa e a outra.
Um estudo conduzido pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Boston (BUSPH), nos Estados Unidos e publicado na revista científica American Journal of Epidemiology, não encontrou nenhuma correlação entre a inoculação contra o novo coronavírus e a fecundação.
Para chegarem a esta conclusão, os especialistas da instituição de ensino analisaram informações fornecidas por mais de duas mil mulheres canadianas e estadunidenses, nomeadamente sobre dados sociodemográficos, estilo de vida, historial clínico e características dos respetivos parceiros. Os dados foram recolhidos ente dezembro de 2020 e setembro de 2021, sendo que as participantes foram acompanhadas até novembro de 2021.
A fecundidade das voluntárias que receberam pelo menos uma dose da vacina era a mesma das voluntárias não vacinadas. Verificou-se o mesmo no que diz respeito aos parceiros do sexo masculino vacinados e não vacinados. Além do número de doses da vacina, esta pesquisa teve em conta a marca (Pfizer-BioNTech, Moderna ou Johnson & Johnson), o histórico de infertilidade, a proveniência e ocupação profissional dos participantes.
Embora a vacinação não prejudique a fertilidade, o mesmo não acontece quando se fala na contaminação por COVID-19. A equipa da BUSPH descobriu que os homens que testaram positivo para a doença nos últimos dois meses de um determinado ciclo menstrual das parceiras tiveram menor fertilidade do que aqueles que nunca tinham testado positivo, ou que testaram positivo há mais de 60 dias.
“Esses dados fornecem evidências tranquilizadoras de que a vacinação contra a COVID-19 em qualquer um dos parceiros não afeta a fertilidade entre os casais que tentam conceber”, afirma Lauren Wise, professora de epidemiologia da BUSPH, num comunicado de imprensa.