Se dorme mal com frequência, mais especificamente acima de três vezes por semana, pode sofrer de insónia crónica.
Segundo a neurologista Márcia Assis, diretora da Associação Brasileira do Sono, a insónia é um transtorno comum que afeta 1/3 da população mundial e é frequentemente definida pela insatisfação em relação à qualidade ou quantidade de sono associada a um prejuízo para o funcionamento social, ocupacional e de outras atividades diurnas.
“A insónia pode apresentar-se como uma dificuldade para iniciar o sono, dificuldade em manter o sono pela presença de vários despertares noturnos ou por um despertar muito antes do habitual, isto é, um despertar precoce”, explica a especialista à revista Boa Forma.
Além do sono de má qualidade, pessoas que sofrem de insónia passam o dia cansadas, com excesso de sonolência, ficam mais irritadiças, têm falhas de memória e atenção, entre outros prejuízos no quotidiano. No entanto, a neurologista sublinha que a insónia pode ser temporária e resolver-se espontaneamente quando, por exemplo, não dormimos por um fator de stress.
Por outro lado, quando a insónia persiste por três meses, pelo menos três vezes por semana, é considerada crónica. “Se não for tratada adequadamente, pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, obesidade e depressão, bem como de acidentes de trabalho e no trânsito”, alerta a Dra. Márcia Assis.