Num encontro promovido pela Vichy, com o apoio da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, e mediado por Liliana Campos, que partilhou também a sua experiência com uma menopausa precoce, especialistas, farmacêuticos e público debateram a temática da menopausa, a 18 de outubro, Dia Mundial da Menopausa. Partindo de testemunhos reais, a mesa, da qual faziam parte a dermatologista Leonor Girão, o endocrinologista Carlos Bello, e as farmacêuticas Eunice Reia Barata e Marta Silveira, procuraram falar abertamente de um assunto que continua a ser tabu. Estes especialistas mostraram-se disponíveis não só para esclarecer as dúvidas, mas também para reforçar que há soluções para minorar os sintomas e ultrapassar esta fase da melhor maneira possível.
Casos reais
Foi abruptamente que Paula, de 52 anos, começou a sentir muito calor e rubor na face, irritação, nervosismo e aumento de peso. Sintomas que são comuns a muitas mulheres e associados a uma fase da vida que continua a ter conotação negativa: a menopausa. “Não há ainda muita cultura à volta deste tema e as doentes tendem a desvalorizar um pouco os sintomas, a ver isso como algo que acontece a todas as mulheres em determinada altura da vida. “Milhares sofrem em silêncio, por vezes durante anos e não há motivo para tal.”, referiu Carlos Bello.
Uma opinião partilhada por Leonor Girão: “A menopausa continua a ser um assunto tabu e desvalorizado, inclusive pela comunidade médica, acabando por ser um ‘não assunto’, o que é dramático”. Mas segundo a dermatologista, “estamos no século XXI, em que temos uma medicina muito virada para as doenças e para os seus sintomas. No entanto, quando se trata da menopausa, o fenómeno é descurado e os sintomas são vistos como fisiológicos. ‘É da idade, passa’,” costuma ouvir-se”. explicou
Mas não tem de ser assim. A menopausa é, segundo Carlos Bello, “um evento fisiológico, que ocorre quando a mulher fica um ano ou mais sem período menstrual, havendo uma redução marcada dos níveis de estrogénio”. No entanto, os seus sintomas “tendem a surgir muitos anos antes. Estudos referem que muitas mulheres começam por experienciar sintomas vasomotores, alterações de humor, alterações nos níveis de energia, dores articulares e aumento de peso com agravamento gradual”. Aumento este que costuma ser o mais difícil e que, reforça o especialista, “resulta da diminuição de estrogénio e da manutenção relativamente estável dos androgénios, favorecendo o aumento da distribuição da gordura corporal (sobretudo nos membros inferiores) e da gordura visceral”. Mas há mais: é que a escassez de estrogénio tende a aumentar o apetite, “isto porque afeta diversas estruturas cerebrais, afetando o metabolismo basal e o comportamento alimentar, reduzindo inclusive a saciedade e aumentando a vontade de ingerir alimentos ricos em açúcar”.
Por isso, “durante a menopausa (e no decorrer da vida) é fundamental adotar hábitos de vida saudável: praticar exercício regularmente (aeróbico e de força), ter uma alimentação equilibrada (baixa em gorduras e açúcares, rica em cálcio…), exposição solar para ter níveis adequados de vitamina D, seguimento médico regular e prevenção”, acrescenta Carlos Bello.
E porque existe uma complexidade associada a esta fase da vida feminina, o especialista alerta que deveria existir “uma abordagem multidisciplinar com médico de família, farmacêutico, ginecologista, dermatologista, nutricionista e psicólogo. Os sintomas variam de intensidade e gravidade de acordo com cada mulher”, acrescenta.
A resposta para uma pele saudável
No que diz respeito à pele, são também vários os sinais e sintomas típicos desta fase e associados ao envelhecimento, como “rugas e falta de firmeza: a densidade da pele obviamente não será a mesma, mas existem produtos e equipamentos que estimulam a densidade cutânea e o colagénio”, refere Leonor Girão. “Podemos ainda aplicar vários dermocosméticos com ingredientes que ajudam a rejuvenescer, acalmar o rubor e a combater a secura. Os ácidos glicólicos, hialurónico ou os retinóides, assim como os filtros solares ajudam a proteger e a renovar a derme.”
A investigação Vichy conta com mais de 30 anos sobre os impactos da menopausa na pele, baseada numa saúde positiva e preventiva que também passa pela pele, o que deu origem a 7 gerações da gama Neovadiol, desenvolvida especificamente para esta fase da vida da mulher.
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