Já falei algumas vezes da relação que tenho vindo a desenvolver com a atividade física. Se sempre foi algo presente na minha vida, a verdade é que só se tornou uma “rotina essencial” este ano, aproximadamente desde o início da quarentena.
Além de gostar de manter uma aparência saudável e de estar em forma, tenho prazer em fazer exercício porque é uma verdadeira terapia. Sendo uma pessoa ansiosa, descobri que dedicar partes do meu dia para mexer o corpo me liberta de algumas preocupações e me deixa “leve”.
Ora, qualquer pessoa – atleta ou amador, como eu – que tenha uma rotina de atividade física, sabe o quão complicado pode ser estar parado. Não por opção, mas por obrigação. E foi por isso mesmo que, esta semana, decidi escrever sobre aquilo que foi um real “desafio”.
Como já devem ter percebido, deram-me #cartabranca para não fazer exercício físico. Na verdade, não só nesta semana, mas na anterior também. Devido a alguns contratempos, nos últimos dias, vi-me obrigada a estar no sofá quando queria estar no ginásio.
Ora, isto não é nenhum drama, claro. Porém, pode ser complicado gerir os nossos pensamentos e momentos de maior ansiedade quando não podemos fazer algo que nos ajuda, precisamente, a atingir tal fim. E foi disso que aqui vim falar.
Neste caso, o que mais notei foi que a falta de exercício físico teve um impacto algo negativo nos meus dias. Senti-me mais desconcentrada, desmotivada (no geral), com momentos de ansiedade mais frequentes e, curiosamente, mais cansada, física e mentalmente. Até me fartei de ver um filme e tive de o parar duas vezes (ainda não o terminei)!
Por outro lado, tento pensar nos prós – porque qualquer situação pode ter o lado menos mau. Gosto de pensar que, assim que tiver #cartabranca para regressar aos treinos, fá-lo-ei com muito mais vontade e consciente de que nem esse pequeno prazer está garantido. Ah, e decidi não me pesar (não vá ficar nervosa com o veredito da sra. balança)!
Dizem-nos que devemos valorizar as pequenas coisas mas raramente nos dão mecanismos para tal. Os ritmos de vida cada vez mais frenéticos fazem-nos viver no presente, mas a pensar no futuro, e só quando somos obrigados a carregar no botão de pausa nos apercebemos do quão afortunados somos.
Posto isto, o que retiro do “desafio forçado” desta semana é um verdadeiro cliché: devemos mesmo fazer um esforço para viver cada momento no presente, tentar “desligar” em determinados momentos do nosso dia e estar conscientes de que, mesmo nas maiores tempestades, a chuva acaba por cessar.
Contem-nos, nas redes sociais, a forma como superaram algum desafio na vossa vida, por mais pequeno que possa parecer aos olhos de outros. Identifiquem a ACTIVA e utilizem a hashtag #cartabranca. Até para a semana!