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Estreou esta quarta-feira, 23, a peça Boeing Boeing, que já contou com outras adaptações no nosso país. Confirmada para estar no Teatro Politeama, em Lisboa, até dia 1 de maio, tem encenação de Sofia de Portugal e um elenco composto por nomes bem conhecidos do grande público.
António Camelier é Bernardo, um arquiteto que está noivo de três mulheres, todas elas assistentes de bordo com origens em países diferentes e que nunca se cruzam em casa. Teresa Guilherme interpreta Berta, a empregada doméstica de Bernardo, uma cúmplice deste esquema e uma ajuda imprescindível para que nenhuma das noivas descubra a existência das outras.
Núria Madruga, Liliana Santos e Carolina Puntel interpretam as três assistentes de bordo, Janete, Julietta e Judite, cada uma delas com uma personalidade bem distinta e vincada. A ação despoleta quando a personagem interpretada por António Machado, Roberto, chega para visitar o amigo. Nesse mesmo dia uma série de acontecimentos faz com que Bernardo perca o controlo sobre os horários e presenças das três noivas, ficando à beira de um ataque de nervos.
Uma encenação moderna, o que pode ser verificado no elegante cenário e nos figurinos pensados ao detalhe, dos cabelos à roupa e às malas vistosas que desfilam em palco ao longo da peça. Uma coreografia tão ensaiada ao ponto de parecer natural, com todos os momentos altos a acontecerem no tempo certo e a marcarem o tom humorístico do espetáculo. Entre o elenco, destaque para António Camacho e Carolina Puntel, protagonistas dos momentos mais divertidos e dotados de uma capacidade de representação louvável.
“Boieng Boeing” revela uma teia amorosa pouco convencional e capaz de arrancar gargalhadas (mesmo que por vezes o texto faça torcer o nariz nos momentos que revelam ideias ou comportamentos mais datados). As peripécias e teias de enganos cativam o público e explicam o porquê de estar no livro do Guiness como o texto francês mais representado em todo o mundo.