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Um novo estudo acaba de associar as colorações de cabelo permanentes, bem como os alisamentos químicos a um maior risco de cancro da mama. Os resultados foram publicados no International Journal of Cancer e os cientistas responsáveis pela sua compilação pertencem aos National Institutes of Health (NIH) e ao National Institute of Environmental Health Sciences.
Ora, além das pessoas que pintaram o cabelo e que se submeteram a algum tipo de alisamento químico, aquelas que tinham aplicado este último a alguém também revelaram ter maior risco de desenvolver um tumor mamário maligno. As mulheres negras mostraram maior tendência a desenvolver a doença quando usavam este tipo de produtos.
Os investigadores analisaram dados de 46709 mulheres entre os 35 e os 74 anos de idade, descobrindo que – consoante fatores demográficos, saúde e estilo de vida -, as que tinham usado regularmente estes químicos no ano anterior tinham uma probabilidade 9% maior de desenvolver cancro da mama, comparando com as que não os usavam. No caso das mulheres negras, usar coloração permanente foi associada a um risco 45% maior. Quando usado a cada cinco ou oito semanas (ou mais regularmente), a percentagem aumentava para os 60%.
Note-se que, no que toca a colorações semi-permanentes ou temporárias, o estudo não encontrou qualquer ligação conclusiva. No caso dos alisamentos químicos, o risco de desenvolver cancro mamário fixou-se em mais 18% do que quando não eram submetidas a este processo, mas os investigadores concluíram que este resultado tinha de ser analisado em mais estudos.
Ainda assim, o co-autor Dale Sandler, afirmou: “Estamos expostos a muitas coisas que podiam, potencialmente, contribuir para o risco de cancro da mama, e é pouco provável que um único fator justifique este risco. Embora seja cedo para fazer uma recomendação firme, evitar estes químicos pode ser uma forma de as mulheres diminuirem o risco.”
Paul Pharoah, professor na Universidade de Cambridge, garantiu ainda que, embora estes resultados sejam interessantes, não mostram um aumento significativo do risco nem provam que esta seja uma relação causal, afirmando que “as mulheres que já usaram tais produtos no passado não devem preocupar-se com os riscos“.
Recorde-se que o Serviço Nacional de Saúde aponta o histórico familiar, a idade, a densidade mamária, bem como o estilo de vida como fatores que contribuem para o aparecimento da doença.