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Mas um estudo feito com consumidores da cidade norte-americana de Pittsburgh dá-nos agora mais uma vantagem provável. A pesquisa, publicada no Journal of Nutrition Education and Behavior, seguiu 1300 compradores com excesso de peso ou obesidade e concluiu que os que faziam a lista de compras antes de irem ao supermercado tendiam a escolher comida de melhor qualidade e tinham um peso mais baixo.
“Não sabemos se as pessoas são mais saudáveis, e têm mais atenção ao que comem e ao seu peso, porque planeiam [as suas compras] ou se as que planeiam é que são mais capazes de evitar compras por impulso e opções menos saudáveis no supermercado”, disse à Reuters a investigadora responsável pela pesquisa, Tamara Dubowitz. “Podemos dizer que há uma ligação mas não sabemos ainda o que o causa.”
A sua equipa estudou consumidores dos dois sexos com baixos rendimentos e maioritariamente desempregados, a viver em duas das comunidades mais desfavorecidas de Pittsburgh, numa área a que os investigadores chamam um ‘deserto de comida saudável’.
Menos de um terço admitiu ir sempre às compras com lista; 17% disseram trazê-la a maioria das vezes e 26% afirmaram que só se lembravam de o fazer de vez em quando.
Os maiores fãs das listas de supermercado eram, maioritariamente, mulheres mais velhas, sem emprego e preocupadas em comer menos calorias. O seu índice de massa corporal (IMC) era, em média, 1 ponto mais baixo do que o de quem não as usava – num IMC entre os 18,5 e os 24,9 o peso é considerado normal; dos 25 aos 29,9 considera-se excesso de peso e dos 30 em diante, obesidade.
Os investigadores observaram ainda que a qualidade nutricional dos produtos no carrinho de supermercado era bem melhor.
O facto de fazerem listas de compras pode ser apenas um entre vários comportamentos de um estilo de vida mais saudável e não o responsável directo serem mais magros. Mas para quem quer mudar de dieta e perder peso, planear as refeições da semana ou do mês antes de ir ao supermercado, ter um plano de compras e desviar-se dele o menos possível, é meio caminho andado. Até porque muitos produtos são colocados estrategicamente em locais do supermercado que facilitem as compras por impulso – um exemplo típico: os chocolates e doces dispostos à entrada das caixas de pagamento.