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A Rinossinusite Crónica com pólipos nasais, ou polipose nasal, é uma doença inflamatória que envolve as fossas nasais e os seios perinasais (cavidades contendo ar localizadas em torno das fossas nasais) e caracteriza-se pela presença de pólipos nasais (formações com aspeto em “bago de uva” contendo material inflamatório).
Deve suspeitar-se deste diagnóstico na presença dos seguintes sintomas: obstrução nasal, escorrência nasal, perda ou ausência de olfato e/ou paladar, sensação de pressão ou dor ao nível da face e dores de cabeça. Por vezes, outros sintomas ou doenças podem estar associados: ressonar, apneia do sono, tosse crónica, asma, intolerância a anti-inflamatórios não esteroides ou à aspirina e patologia alérgica.
Na presença de um ou mais destes sintomas deve-se procurar um médico Otorrinolaringologista, a fim de se proceder a uma avaliação clínica, muitas das vezes apoiada pela observação das fossas nasais com um endoscópio e na realização de exames complementares de diagnóstico como, por exemplo, uma tomografia computorizada (vulgarmente designada por TAC) dos seios perinasais.
Apesar de esta patologia afetar cerca de 12% da população portuguesa, a sua real prevalência é desconhecida, uma vez que os sintomas são comuns a outras patologias nasais como, por exemplo, a vulgar constipação.
O tratamento desta patologia incluiu lavagens nasais e corticóides (anti-inflamatórios derivados da cortisona) administrados diretamente no nariz através de sprays ou através da ingestão de comprimidos. Em muitos casos é necessário recorrer à cirurgia nasal para remover os pólipos e melhorar a ventilação dos seios perinasais.
Recentemente foi introduzido em Portugal, um tratamento inovador destinado aos casos mais graves de polipose nasal. Trata-se de uma molécula denominada dupilumab, que inibe a formação dos pólipos nasais, estando indicada quando ocorre recidiva dos pólipos após cirurgia.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a ACTIVA nem espelham o seu posicionamento editorial.