Nos processos de gestão de carreira passa-se exatamente o mesmo: a insatisfação pode ser o motor para a mudança, melhoria e busca pela realização pessoal e profissional. Ou, pelo contrário, razão para uma eterna acomodação e resignação a uma situação de infelicidade profissional.
Em qualquer dos casos, a escolha é sempre nossa!
Prefiro acreditar nos casos em que temos a coragem para mudar! Procurar novos caminhos e alternativas, aceitando que a insatisfação pode levar-nos a um novo caminho, cheio de possibilidades.
Mudar de emprego ou carreira dá trabalho, exige perseverança, ambição e dá trabalho. Exige estudo, pesquisa e preparação para a nova oportunidade.
Mas a insatisfação pode ser um acelerador fantástico para a mudança; e é um estado infinitamente melhor do que a vitimização ou a insatisfação crónica com a sua vida profissional.
Como aproveitar a insatisfação profissional para potenciar a mudança:
• Promover uma autoanálise de todas as situações com as quais não se revê profissionalmente: modelos de trabalho, estilos de gestão, tipos de chefia, cultura organizacional.
• Apostar no seu autoconhecimento: os momentos críticos são ideais para olharmos para dentro. Quem somos? Quais são os nossos talentos naturais? Que competências exercemos de forma excecional sem esforço? Em que tipo de pessoas e organizações nos revemos?
Todas estas questões vão ajudar-nos a redefinir quem somos, qual o próximo desafio, e que contornos ele deve ter.
A insatisfação profissional pode levar-nos a mudar mais depressa, com mais garra e a fazer uma reflexão mais assertiva, excluindo tudo aquilo que já identificamos que não faz parte da nossa felicidade a título pessoal e profissional.
Lembre- se igualmente que no mercado de trabalho atual: as mudanças e transições são normais, acompanham os vários estágios da nossa vida e por isso, é normal que os nossos objetivos e propósitos mudem. Todos os dias surgem novas áreas de trabalho, nas quais pode perfeitamente desenvolver skills; a sua recriação enquanto profissional é salutar, uma vez que comporta e mostra flexibilidade e adaptabilidade aos novos contextos de mercado.
Cabe-lhe sempre a si decidir se quer ser mais uma vítima do modelo profissional que repudia ou ter uma palavra decisiva na criação de um novo modelo profissional na sua história.