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A comunicação, embora essencial em qualquer relação, não é algo linear nem, muitas vezes, equilibrado. Todos temos formas de comunicar diferentes e, por vezes, geram-se padrões complicados – ainda mais, quando nos sentimos magoados. Nestas situações, aquilo que queremos comunicar pode ficar distorcido ou ser mal interpretado, justamente porque a nossa disposição altera a forma como o fazemos.
Então, como dar a volta a este tipo de situações? A psicóloga Jennice Vilhaue deixa 3 dicas:
1. Espere um resultado positivo
O grande motivo para as pessoas evitarem expressar como se sentem é o facto de não quererem criar conflitos ou ter um confronto com a outra pessoa. Porém, Jennice explica que assumir “que expressar as nossas emoções irá gerar um conflito é um erro“.
Aqui, o problema é que, quando imaginamos algo a correr mal, preparamo-nos para que corra dessa forma. Alliás, adiar uma conversa pode ser, precisamente, o motivo para que esta não corra da melhor forma, já que tendemos a “explodir”.
Em vez disto, imagine como seria falar com a outra pessoa de forma calma. Espere uma conversa cujo resultado seja positivo. O facto de se preparar desta forma pode mesmo alterar o sucesso da comunicação com o outro.
2. Expresse os seus sentimentos sem os justificar e sem culpar o outro
Temos tendência a, quando estamos irritados, culpar o outro por tudo o que fez para nos deixar assim. Porém, esta forma de comunicar deixa, imediatamente, a outra pessoa na defensiva e cada vez menos capaz de nos ouvir atentamente.
Uma boa forma de reverter isto é começar a conversa apenas por expressar a forma como nos sentimos, sem justificar estes sentimentos. Ao dizermos apenas “sinto-me triste/ frustrada/ irritada”, estamos a mostrar vulnerabilidade e a deixar o outro mais disponível para comunicar connosco.
3. Diga aquilo de que precisa e apresente uma solução
Quando nos sentimos magoados, costuma haver um motivo para tal – algo que aconteceu e de que não gostámos. Ou seja, em vez de dizermos “sinto-me sozinha porque não passas tempo comigo”, podemos dizer “sinto-me sozinha, gostava que passasses mais tempo comigo”. Assim, não estamos a justificar os nossos sentimentos, mas sim a mostrar vulnerabilidade e a oferecer ao outro uma solução para o problema.