Lisette dos Santos Canas viu no filme ‘Uma Mente Brilhante’ uma realidade que conhece de perto. "O meu filho, Luís, de 49 anos, sofre de psicoseesquizofrénica desde os 17."
Em 1989, fez-se sócia da Associação de Apoio e Segurança Psico-Social (AASPS), fundada nesse ano por um grupo de pais e familiares de doentes mentais. Meses depois, foi eleita presidente da associação. Cargo que abandonou nove anos depois para defender o acesso gratuito aos medicamentos neurolépticos, inacessíveis ao bolso da maioria dos doentes mentais. Recolheu 19 mil assinaturas, que possibilitaram o debate na Assembleia da República e a sua aprovação. "Graças a isso, em 2001 os médicos de família também passaram a receitar aquela medicação", diz. Em 1999, regressou à AASPS e evitou que a instituição fechasse as portas, estabelecelendo o acordo de ‘Fórum Sócio-Ocupacional’ com o Instituto de Segurança Social.