Sandra Ferreira é engenheira química, mas a sua profissão está em stand by desde que foi para Moçambique, em 1996, como voluntária. Nessa altura, foi conquistada pela necessidade de fazer algo em prol dos outros, pela ajuda humanitária.
Quando voltou para Portugal, foi convidada para coordenar um projecto em Angola, e aceitou. Em 1998, fundou, com outros colegas, a Médicos do Mundo, uma Organização Não Governamental (ONG) presente em 12 países. Actualmente, Sandra coordena a concepção e operacionalização de diversos projectos em Angola, Moçambique, S. Tomé, Guiné-Bissau, Timor–Leste, Afeganistão e também em Portugal, onde a organização é responsável por projectos com crianças, sem-abrigo e idosos.
Quando voltou para Portugal, foi convidada para coordenar um projecto em Angola, e aceitou. Em 1998, fundou, com outros colegas, a Médicos do Mundo, uma Organização Não Governamental (ONG) presente em 12 países. Actualmente, Sandra coordena a concepção e operacionalização de diversos projectos em Angola, Moçambique, S. Tomé, Guiné-Bissau, Timor–Leste, Afeganistão e também em Portugal, onde a organização é responsável por projectos com crianças, sem-abrigo e idosos.
Constantemente confrontada com situações-limite, foi em Angola que começou a criar defesas psicológicas: "Ver a primeira criança morrer à nossa frente impressiona muito, a segunda também. As seguintes não deixam de nos emocionar, mas temos de aprender a suportar o sofrimento. Somos obrigados a concentrar-nos no que podemos fazer pela população no geral e não nas pessoas em particular."
Ainda assim, tem no gabinete uma fotografia a preto e branco de uma menina africana de enormes olhos tristes. Uma das muitas crianças que tentou ajudar, mas que acabou por morrer. Não se envolver nestas situações é muito difícil.