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Um grupo de cientistas treinou três cães da raça Beagle, de modo a que estes fossem capazes de farejar células cancerígenas – nomeadamente de cancro do pulmão – em amostras de sangue humano. 96,7% das vezes, os animais acertaram qual o exemplar que indicava a presença da doença. Isto, até 18 meses antes de a doença ser identificada em exames médicos!
O recente estudo foi levado a cabo pela empresa farmacêutica BioScent Dx, embora experiências semelhantes já não sejam novidade. Isto porque os cães têm recetores de cheiro cerca de 10 mil vezes mais precisos que os humanos. Várias pessoas confiam nestes animais para detetar (e avisar) precocemente ataques de epilepsia, por exemplo, ou outras condições de saúde.
“Embora não haja ainda uma cura para o cancro, a deteção precoce oferece as melhores hipóteses de sobrevivência. Um teste altamente sensitivo para a deteção de cancro poderia salvar milhares de vidas e alterar a forma como a doença é tratada. Este trabalho é muito entusiasmante, porque pode servir de base para investigações futuras de modo a encontrar novas ferramentas de deteção de cancro”, ressalta a autora do estudo, Heather Junqueira, citada pelo Daily Mail.
A empresa farmacêutica lançou também, em 2018, um estudo que pretende descobrir se pode ser usado o mesmo método na deteção de cancro da mama. Além disso, estão a ser investigados quais os componentes químicos que têm chamado a atenção dos caninos. Outros estudos já chegaram a indicar que era possível um cão detetar cancro da próstata, apenas através do cheiro da urina, ou mesmo da mama ou pulmão, ao farejarem o hálito dos doentes.
Se tem cães em casa, é importante notar os seus comportamentos. Se nota algumas mudanças, se estes estão constantemente a cheirá-la, se passam mais tempo ao pé de si por nenhuma razão aparente, se lhe dão mais atenção que o normal, ou se têm maior tendência para lhe lamber as mãos e pés, importa estar atenta a quaisquer sintomas que possa, eventualmente, estar a ignorar, e consultar um especialista.