
Soledade Sousa Morais e Margarida Dias, da Invesco Transearch, e
– Analise muito bem o problema: a primeira coisa a fazer é pôr a mão na consciência e perceber que, às vezes, não há apenas um culpado. “Nem tudo é responsabilidade dos outros. Impormo-nos profissionalmente exige esforço, auto-motivação, competência e saber gerar oportunidades. O principal para ultrapassar o insucesso não é descobrir o culpado: é encontrar a solução!”
– Peça uma segunda opinião ou conselho a alguém que conheça bem a situação.
– Pegue o touro pelos cornos: “O confronto directo, às vezes, é o caminho mais indicado, sobretudo se servir para clarificar o problema, desmontar ‘armadilhas’ e ultrapassar o problema.”
– Fazer queixa ao chefe?: É melhor ser franca e jogar limpo. E sempre que possível não meter terceiros na contenda. “A queixa, por si só, não é boa solução. Colocar a questão ao chefe poderá, sim, ser uma via alternativa à impossibilidade de resolução directa com a pessoa em questão, mas que lhe devemos dar a conhecer. Mas, tomada a decisão de falar com o chefe, é bom que tenhamos, não só avaliado bem a situação de que vamos falar, como ter propostas de solução para avaliar com ele.”
– E quando o chefe simpatiza mais com o outro colega?: Até podemos pensar que é uma causa perdida, à partida. Mas… “o facto de ser alvo da simpatia das chefias não significa que elas sejam incapazes de ver, com objectividade, as situações. Suportar a situação, por princípio, não deve ser a solução, salvo se virmos fundamentos fortes para tal. Nesse caso podemos escolher se encaramos a hipótese de mudar de serviço ou empresa, ou se desmontamos as ‘armadilhas’ que nos são lançadas. A mediação pode ser outro caminho, e se a chefia tem condições para fazer esse papel, porque não?”
– Evite a ‘armadilha’ da discussão: Mantenha o nível, mesmo que a outra pessoa não o faça. “A correcção no trato, não sendo suficiente, é essencial nesta situação. Peter Drucker, especialista inglês em recursos humanos, é da opinião que esta é uma competência que temos de desenvolver muito na gestão das nossas carreiras.” Depois é tudo uma questão de pôr à prova as nossas capacidades de negociação e comunicação assertiva.