Portugal, Espanha, França, Itália e Reino Unido são apenas alguns dos 14 países da União Europeia nos quais vai estrear, dia 18 de Maio, a primeira campanha europeia sobre a disfunção eréctil, com o objectivo de corrigir a percepção que a maioria dos homens (e mulheres) tem sobre a DE. O lema é "Não arranje desculpas".
O ritmo de vida acelerado e as causas psicológicas são muitas vezes (erradamente) apontados como os culpados pela falta de erecção, não sendo esta encarada como um sintoma de algo. Ao longo dos anos, muitos homens manifestam um ou mais episódios em que são incapazes de ter uma erecção devido a fadiga, álcool ou outros factores, mas quando o distúrbio é frequente e recorrente pode ser sintoma de disfunção eréctil.
Disfunção eréctil é a incapacidade de atingir ou manter uma erecção suficiente para manter uma relação sexual. Estima-se que 40% dos homens acima dos 40 anos experienciem diariamente sintomas de DE e que esta afecte perto de 189 milhões em todo o mundo, tendo uma alta prevalência em Portugal, onde afecta cerca de 500 mil.
Os médicos acreditam que entre 80% e 90% dos casos de disfunção eréctil estão relacionados com situações clínicas, como9 problemas cardíacos, hipertensão, diabetes, hiperlipidémia (valores elevados de gorduras no sangue, como colesterol e triglicéridos), depressão ou outros factores como lesões neurológicas ou utilização de fármacos (anti-hipertensivos ou anti-depressivos). Os restantes 10% a 20% estão associados a factores psicosociais, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, o stress e o sedentarismo.
Apenas 10% dos 40% dos homens acima dos 40 anos que sofrem com DE recebe tratamento. A maioria dos homens tende a arranjar desculpas para os sintomas e para evitar procurar tratamento e ajuda especializada, acreditando que a sua situação não é tratável e que os médicos não saberão o que fazer. Estão redondamente enganados! 95% dos casos de DE têm tratamento, podendo este passar por fármacos prescritos por profissionais ou aconselhamento/terapia sexual, entre outros.
Antes de recorrer a qualquer tipo de medicamento ou tratamento, os médicos recomendam certas mudanças ao nível do estilo de vida: exercício físico, dieta alimentar para ajudar na redução dos níveis de gordura no sangue, para de fumar, reduzir o consumo de álcool e controlar os níveis de stress e fadiga. Estes passos podem também ser tomados de modo preventivo.